Camada de ozono pode estar recuperada em quatro décadas

Camada de ozono pode estar recuperada em quatro décadas
Painel de Avaliação Cientítica
Protocolo de Montreal

A reabilitação total da camada de ozono é expectável nas próximas quatros décadas graças à eliminação de produtos químicos que a afetam, o que irá contribuir para a mitigação das alterações climáticas. A conclusão é de um painel de avaliação científica apoiado pela ONU – Organização das Nações Unidas.

Assim, de acordo com o relatório quadrienal de avaliação das substâncias demolidoras da camada de ozono do Protocolo de Montreal, 99% das substâncias prejudiciais à camada de ozono serão gradualmente extinguidas.

Se as políticas atuais permanecerem em vigor, é expectável que a camada de ozono recupere os 1980 valores na Região Polar Antártida por volta de 2066, na Região Polar Ártica até 2045 e até 2040 para o resto do mundo.

A Secretária Executiva do Ambiente no Programa de Secretariado de Ozono das Nações Unidas, Meg Seki, comenta, a propósito, que o facto de a recuperação da camada de ozono estar no caminho certo constitui uma “excelente notícia”. No seu entender, o impacto que o Protocolo de Montreal tem tido na mitigação das alterações climáticas não pode ser desvalorizado, já que nos últimos 35 anos o acordo tem provado ser um verdadeiro defensor do meio ambiente.

A 10.ª edição do painel de avaliação científica é a confirmação do impacto positivo que o tratado tem tido para o clima. Um acordo adicional de 2016, conhecido como Emenda Kigali ao Protocolo de Montreal, exige a redução gradual de produção e consumo de hidrofluorcarbonos (HFC), dado que não suprimem diretamente o ozono, mas são gases com efeitos dominantes nas alterações climáticas. Segundo este painel, esta emenda é responsável por evitar 0.3 a 0.5 °C de aquecimento até 2100.

Pela primeira vez, o painel examinou os potenciais efeitos no ozono através da adição intencional de aerossóis na estratosfera, conhecida como Injeção Estratosférica de Aerossóis (SAI). O SAI tem sido proposto como um método possível para reduzir o aquecimento climático através do aumento da reflexão da luz solar.

No entanto, o painel adverte que as consequências não intencionais do SAI também podem afetar as temperaturas estratosféricas, a circulação e a produção de ozono e a destruição de taxas e de transporte.

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