“Our watershed moment: uniting the world for water” é a visão subjacente à conferência, assente numa declaração que dá conta da necessidade de mudar o paradigma, de ações isoladas, pontuais e de curto prazo, para projetos mais holísticos, integrados e orientados para o futuro.
“Temos de articular os desafios ambientais, culturais, sociais e económicos com soluções sustentáveis, equitativas e resilientes, bem como identificar oportunidades inovadoras que possam ganhar escala e criar capacidades em todas as camadas da sociedade”, apela o documento.
Segundo a declaração, a água é parte integral da vida humana e está em todas as suas dimensões. Está, intrinsecamente, ligada aos três pilares do desenvolvimento sustentável e está presente nos valores sociais, culturais, económicos e políticos. Além disso, é transversal e suporta a concretização de muitos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU até 2030, na medida em que está relacionada com o clima, mas também com as cidades, o ambiente e a saúde.
No entanto, um quarto da população mundial, dois mil milhões de pessoas respetivamente, utiliza fontes de água não potável; metade da população mundial, cerca de quatro mil milhões de pessoas, vive sem gestão de saneamento básico; e uma em três pessoas, aproximadamente, dois mil milhões, não possui condições básicas de higiene de mãos em casa. Além disso, mais de 80% das águas residuais é libertado para o meio ambiente sem ser tratado ou reutilizado.
É neste contexto que decorre a conferência, presidida pelo Tajiquistão e pelos Países Baixos. O programa inclui sessões sobre temas como a água e saúde, água e desenvolvimento sustentável, água e clima e água e cooperação.